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Caneta da Escrita

Temas diversos, Crónicas, Excerto dos meus Livros.

Temas diversos, Crónicas, Excerto dos meus Livros.


23.03.18

 

 

Manhã cedo se levantou, naquele céu de quase inverno ainda se descortinavam estrelas àquela hora. A luz boreal, já que estava mais próximo do Norte como o conhecemos, espraiava-se por uma abóbada celeste ainda quase adormecida.

Como habitualmente, salta da cama, puxa o lençol e a coberta e dobra-a no fim da cama, para que apanhe ar, senta-se lateralmente, olha o relógio, sete horas da manhã, ainda tem pelo menos uma hora para se preparar que Jeanne, apareceria pelas oito e trinta, mais minuto menos minuto, era pontual. Levanta-se e espreguiça-se elevando os braços acima da cabeça, ouve os ossos estalar, normal para quem dorme encolhido com o frio, dirige-se à casa de banho para o seu início de dia que não dispensa, um banhinho de chuveiro, hábitos que lhe vêem ainda da vivência africana. Nenhum dia se começa bem sem um bom duche, ainda se olha ao espelho, de frente, vira-se de lado, espreita pelas costas e pensa que ainda está no auge da sua vida. Aquele corpo ainda tem a leveza e a elasticidade da juventude, está muito bem, nem uma gordurinha, também, com a fome que passou, as que tinha a mais foram-se num ápice.

Pensou para consigo, com este corpinho posso muito bem atrair Jeanne para junto de mim, ela que também não tem nada que se lhe aponte naquele corpo, nem gorduras nem excessos do que quer que seja, uma verdadeira mulher, capaz de fazer a cabeça de qualquer homem andar à roda. Sobretudo porque, para além disso, era escultural, talvez tenha uns seios pequenos mas isso só avaliaria se um dia os tivesse à mão de semear, ou seja, com o seu olho clínico e as suas mãozinhas marotas. Se lá chegasse, que isto agora são só devaneios de um solitário que não tem ninguém ao pé de si, nem mulher nem família, nem amigos, absolutamente só. A ver vamos o que o destino nos prepara, quanto a ele, Jeanne era perfeita e até gostava dela, a tal ponto que começava a ter estes devaneios de a sentir em si, contra si, nas suas mãos. Mas não ia dar nenhum passo em falso, o que menos queria neste momento eram aventuras que o distraíssem do que era de primordial necessidade, o emprego.

Sentiu a água quente, fumegante mesmo, quase fervente, cair-lhe em cima do corpo, como lhe sabia bem aquela aguinha quente neste país tão frio, nada como em sua casa, lá longe, noutro continente, onde os banhos eram de água fria, natural, digamos, que o clima não pedia outra coisa. Quem se atreveria a tomar um banho de água quente para sair depois para o calor do dia? Era impensável, até se sentiriam mal. Mas aqui, aqui sim, sabia mesmo bem, aquecia o corpo para o frio que ia enfrentar assim que pusesse o pé na rua e nem sequer se atrevia a pensar que, juntando-se mais a Jeanne aqueceria um bocadinho, isso era atrevimento demais para a sua mentalidade. Tinha mesmo de enfrentar o frio da rua com a camisa de lã grossa, a camisola e a parka que lhe deram que era uma maravilha, tapava-o até quase ao joelho, era forrada com um tecido de pelo que o agasalhava e até impedia a chuva de penetrar no seu interior, bendita parka.

Com estes pensamentos e distracções demorou mais tempo a preparar-se e antes mesmo de estar totalmente vestido sentiu o tinir da campainha na porta de entrada do edifício, era Jeanne que chegava. Ainda não estou pronto, demoro mais uns minutos. Abre a porta que eu subo que aqui fora está frio. Abriu a porta e em menos de dois minutos ela estava à porta do apartamento, entrou e deparou-se com o espectáculo que ele lhe apresentava, um sapato calçado, calças vestidas e desabotoadas, sem camisa e ainda despenteado. Uhau! Que rico corpinho, mesmo de atleta, atira ela, nem uma gordurinha, dizia ao mesmo tempo que lhe passou a mão pela barriga, bem desenhada. Deves praticar muita ginástica, não? Na verdade, foi coisa que nunca fiz, ginástica, só aquela que se faz em criança, correndo para todo o lado, trepando árvores, enfim, coisas de menino.

Ela sorria para ele, ali, à sua frente, com um ar de quem espera lambuzar-se com o mel. Está calor aqui dentro não notas? Foi despindo o casaco, que era melhor, enquanto esperava que ele se aprontasse ou seria mais difícil depois enfrentar o frio da rua. Pois é melhor, põe-te à vontade, não demoro nada, é só calçar o outro sapato, vestir a camisa e estamos prontos a marchar. Sentou-se na borda da cama e inclinou-se para calçar o sapato, não soube o que lhe aconteceu, mas deu por si deitado de costas e Jeanne a beber-lhe os mamilos, o pescoço, a cara, não podia mais. Deixou cair o sapato que tinha na mão e libertou-a para outros voos, sem que fizesse esforço demasiado sentiu a camisola dela a sair-lhe pelo pescoço, tinha-a na mão, como é que isto aconteceu? Não interessa que agora não há tempo.

Encavalitada sobre a sua barriga, ela não o largava, enquanto lhe segurava a cara com a mão direita e o beijava, tentava desesperadamente soltar-lhe as calças ainda desapertadas, puxando-as para baixo. Meia de Leite que não era feito de pau deu por si a sentir o seu membro em franco crescimento, desordenado, ansioso também, fê-la bonita, esta mulher, agora como é que eu paro isto? Mas ele não queria parar nada, queria era que continuasse com mais frenesim ainda, estava doido, não era nada disto que queria, mas o que podia fazer? Deixar-se ir e aproveitar a ocasião para lhe medir os seios, foi o que pensou no meio daquela balbúrdia.

Já lhe tinha tirado a camisola, agora, olhando para eles, não lhe pareciam assim tão pequenos como vistos por trás da roupa. Ia tirar a prova dos nove, levou ambas as mãos atrás das costas dela, com alguma dificuldade encontrou o fecho do soutien, soltou-o, caíu para a frente, por breves momentos tapou-lhe os olhos, não que eu quero é ver tudo. Lutou com ele e com ela até lho conseguir tirar pelos braços, afastou-o da zona de guerra em que se encontravam, levantou-a um pouco de cima de si e olhou. Viu-os finalmente, uma maravilha, agora que se encontravam soltos, mostravam-se na plenitude da sua pujança. Roliços, durinhos e já com os mamilos erectos na sua direcção, estavam mesmo ao alcance dos seus lábios e atreveu-se a depositá-los à sua volta. Sentiu um ligeiro tremor de Jeanne, os olhos reviraram-se e sem grande esforço, posicionou-se de forma a que os seus lábios se deliciassem com aqueles monumentos.

Não sabia bem o que fazer com eles, mas sabia improvisar, assim fez, a língua saiu-lhe da boca, enrolou-se no primeiro mamilo, sentiu-o quente, rolou a língua à sua volta, viu-o crescer ainda mais, que delícia, que prazer. Acariciou-o lentamente, prendeu-o entre os lábios, tudo lento, tudo sentido, contrastando com a velocidade com que ela lhe explorava os olhos, as orelhas tudo o que pudesse beijar e sentir dele. Mudou de mamilo, agora repetia a operação no outro, ela emitia alguns sons roucos que ele mal ouvia, parou, levantou-a um pouco de cima de si, olhou-os, eram realmente uma maravilha, duros, perfeitos, não resistiu. Fechou as mãos em concha e ao mesmo tempo, depositou-as sobre os seios de Jeanne, ia desfalecendo de prazer, tão redondos, tão simétricos, maravilhosos. Apertou-se levemente de encontro ao tronco dela, os mamilos entre os dedos indicadores das mãos, mexeu as mãos e sentiu-os entre os seus dedos, duros tesos, de um rosado escuro, que apetitosos, pensou.

Estava excitado e não podia recuar agora, sentiu-a excitadíssima, já sentia na sua barriga a humidade da excitação dela. Tentou puxar as calças para baixo, não conseguiu, pegou-lhe nos pés, juntou-os ao cós das suas calças e empurrou-os ao de leve para que ela percebe-se que tinha de lhe puxar as calças para baixo. Ela entendeu, esticou as pernas no exacto momento em que Meia de Leite levantava as nádegas, as calças caíram-lhe pelas pernas. Não podia fazer mais porque um dos sapatos estava calçado, as calças não se desprendiam, ele estava como que manietado debaixo daquele vulcão que não o largava, que ansiava por se saciar dele. Tentou ainda tirar-lhe as calcinhas, não conseguiu, tinha uma perna, e que pernas, de cada lado do seu corpo, afastou as calcinhas para um lado, ela sentiu a manobra e ajudou-o.

Soltou a mão direita do abraço apertado à volta do seu pescoço, deixou-a deslizar pela barriga dele até lhe atingir o ponto nevrálgico, agarrou nele. Sentiu aquela coisa inchada de prazer que agora a procurava, ainda lhe passou a mão duas vezes, para baixo, para cima, guiou-o e introduziu-o na caverna dos sonhos.

Pararam por uns segundos, ela levantou o tronco de cima dele, meneou as ancas como a puxá-lo mais para dentro, sentiu-o bem lá no fundo, dentro de si, olhou-o nos olhos, mordeu os lábios enquanto semicerrava os olhos, que delícia pensou, não posso largá-lo mais. Num vaivém contínuo, desesperado, num estertor final, acabou por deixar-se cair em cima dele sem nenhuma outra reacção que um ligeiro gemido de prazer. Não se mexeram, dentro um do outro assim ficaram por mais uns minutos, as mãos de Meia de Leite, acariciavam-lhe as costas, corriam de cima a baixo, numa massagem lenta e regular, acariciaram-lhe o pescoço e ela revirou a cabeça, suada, cansada, satisfeita pela ousadia de se ter atirado a ele. Sem se poder mover, Meia de Leite, ainda por baixo dela, nada mais podia fazer que esperar que ela se acalmasse, que lhe passassem os últimos estertores pélvicos, ajudava-a com as suas carícias e com os beijos que lhe depositava nos lábios vermelhos de excitação. Que belo momento pensou.

Soltaram-se e caíram na cama ao lado um do outro, os corações arfantes ainda não se tinham recomposto. Viraram a cabeça e os seus olhos encontraram-se, brilhantes de prazer, cheios de uma nova esperança, ela procurou-lhe a mão, a esquerda, que a direita ainda estava sobre o coração na tentativa de o acalmar, apertou-a com a sua, mais uns minutos de descanso para acalmar. Levantaram-se, ainda sem jeito, Meia de Leite, acabrunhado, pede-lhe desculpa do que aconteceu, não tinha intenção, não sabe como aconteceu. Ela levanta a cabeça na sua direcção agarra-lhe a cara, beija-o e dita a sentença, desculpa? Pedes-me desculpa? Quando muito devias acusar-me de te ter assediado, que foi isso mesmo que aconteceu, eu é que me atirei a ti e em boa hora o fiz que, quase desde o primeiro dia me apetecia fazê-lo, tu só foste o meu alvo. Quem tem de pedir desculpa aqui sou eu por te ter manietado desta maneira, mas quando entrei e te vi meio vestido, meio despido, não resisti, até te peço desculpa se quiseres, mas não me arrependo nada, foi maravilhoso Josué, não podemos ficar por aqui.

Com isto tudo estamos atrasados, não? Que atrasados o quê, diz ela, temos muito tempo, ou achas que eu tenho vindo sempre cedo para quê? Tu mesmo já viste que os sítios onde temos ido só abrem às nove horas, pois é, não me tinha apercebido. Eu só vinha cedo à espera de ter uma oportunidade para te conhecer melhor, e pela cama se conhece melhor um homem. Josué, Meia de Leite, que até me perco na descrição, olhou-a com ar de quem está meio envergonhado, não estava habituado a que as mulheres tivessem esta iniciativa, de facto o mundo é muito diferente, ou será que na terra dele, que até era bem para a frente, ainda estavam longe desta liberdade das mulheres? Pelo que conhecia, estavam mesmo muito longe disto, mas no que a ele dizia respeito, apesar de não o confessar, gostava muito que assim fosse.

Para o banho que estavam suados e até parecia que de repente a temperatura do interior se tinha elevado. Vai primeiro, enquanto te arranjo uma toalha lavada, eu vou a seguir. Procurou a toalha no armário e ouviu a água a cair, a cair naquele corpo maravilhoso, pensou, como é que isto lhe ía acontecer a ele ainda não sabia explicar, apesar de alguns indícios que já tinha tido, no metro, no restaurante, enfim, os avanços de Jeanne já vinham, de facto, desde quase o primeiro dia. Gostou é claro e resolveu a sua dúvida, afinal aqueles seios, aqueles deliciosos seios, melhor dizendo estavam na medida certa do que ele considerava normal, não demasiado pequenos e nem exageradamente grandes, que esses sim, assustavam-no. Levou-lhe a toalha, ela abriu a porta do chuveiro e como Eva apresentou-se-lhe, ao natural, depois de mordida a maçã.

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