30.11.17
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30.11.17
26.11.17
Estávamos assim, ele sossegado no seu canto e eu passando por ele sem dar parte da sua existência!
Sabia que um dia íamos ter de resolver esta relação a dois que se estava a tornar cada vez mais tensa, achava mesmo que um dia ia perder a cabeça e chegar a vias de facto com tal figurante.
E não é que esse dia chegou mesmo?
Passei por ele e pensei com os meus botões, não passa de hoje, vai ser agora que resolvemos esta diferença de opiniões, este distanciamento que só nos trás amargurados. Se bem o pensei melhor o executei!
Fui-me a ele, aproximei-me de mansinho, ainda com algum receio de lhe por a mão em cima, mas decidido a não deixar que passasse mais um dia sobre o assunto.
Utilizei até água de rosas, para que nos momentos mais quentes, quando se soltassem os vapores, não subsistisse nenhum aroma desagradável. Agarrei-o pela parte que ele mais detestava, manietei-o com a destreza que a minha mão direita possuía e ele ali ficou, estático e expectante, enquanto com a mão esquerda manietava a coisa de forma a manter tudo sob controlo. ! Dominei-o, aqueci-o e depois… foi só fazê-lo deslizar!
Lá fomos evoluindo os dois… e eram calças e camisas, boxers e T-shirts além de outras roupas, desnecessárias no momento em que nos envolvíamos com, diria eu, êxtase absoluto, mas essenciais ao futuro da nossa relação.
Passava a mãozinha esquerda e alisava o pêlo da coisa para que, com a direita que o sujeitava, conseguisse atingir o meu objectivo. Foi um tempo limitado, mas que me pareceu uma eternidade! Que satisfação, que prazer, finalmente tinha conseguido atrever-me e consumar o que me parecia uma impossibilidade, dominando-o e sujeitando-o à minha vontade, a vontade férrea e quase animal do macho dominante!
Doravante, jamais se atreverá a contradizer-me ou sequer a recusar a minha exigência de, sobre ele, exercer toda a minha vontade! Sou o “alfa”, o que domina e determina a forma como as coisas se devem fazer, quando e em que medida!
Finalmente, passadas umas horas, noblesse oblige, lá terminámos a refrega e na verdade, nem foi muito difícil.
Não há ferro de engomar que me atemorize e nem me deixarei menorizar face a qualquer concorrência na sua dominação!
Consegui, pois, passar a roupa que necessitava de urgente atenção e deixei de olhar de lado ou mesmo de fugir do ferro de engomar!
Luis Filipe Carvalho
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