25.01.18
Com o stress não se brinca, dirão alguns, e na verdade têm razão.
É, por si só, capaz de uma destruição muito vasta.
Desde as nossas relações até ao que mais queremos, a nossa família, passando pela falta de paciência que se apossessa de nós e nos impede de termos uma vida sossegada e feliz.
Pois eu também o sinto.
Não que me assole de uma maneira descontrolada, avassaladora, tomba gigantes. Nada disso. É mais uma coisinha que se vai instalando de mansinho, quase imperceptível, que se entranha e de nós se apossessa, vai tomando conta do nosso ser e, de seguida, de tudo o resto.
Quando isto acontece, não nos apetece sequer sair da cama, não queremos ver ninguém e muito menos ouvir falar à nossa volta.
Às vezes é assim que me sinto.
Acontecia-me quando andava assoberbado de trabalho e de responsabilidades, o que não é propriamente o caso neste momento.
Por ora, o que sucede é que o stress de que sou afectado se resume a uma espécie recente, a de não fazer nada.
Quando se diz “não fazer nada” é claro que nos referimos ao trabalho, aquele que vínhamos fazendo ao longo dos vários anos da nossa vida.
Felizmente, para além deste ainda há vida e tenho-a ocupado razoavelmente bem.
Infelizmente até somos obrigados a fazer agulha para outros horizontes, não que o queiramos fazer, mas porque a pressão é tão grande, tão animalesca e desumana que, se não contivermos o ímpeto do stress que nos é criado, acabamos por sentir na pele esse estigma tão intenso.
A minha forma de o combater é, simplesmente, ignorar todas estas situações vestindo uma couraça de defesa e afastamento das pessoas que me podem fazer mal.
Não resolvo o problema de fundo, mas, uma coisa é certa, não quero ser incomodado pelo que outros querem que eu seja.
Sem stress.